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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011


O Solar Fábio Prado

Saguão do Solar Fábio Prado
solar foi erguido durante a década de 40, como residência do ex-prefeito de São Paulo, Fábio da Silva Prado, e sua esposa, Renata Crespi da Silva Prado. O projeto é do arquiteto paraense Wladimir Alves de Souza, amigo do casal. A pedido de Renata Crespi, o arquiteto reproduziu as linhas do Palácio Imperial de Petrópolis, projeto dos discípulos de Grandjean de Montigny. Wladimir também se inspirou nas villasitalianas de Palladio, como forma de imbuir na residência um caráter simbólico de riqueza e poder.
O projeto do edifício ia na direção contrária ao panorama arquitetônico da cidade à época, que se caracterizava por edifícios de plantas arrojadas - o que não impediu que o interior da residência adotasse os padrões de modernidade e funcionalidade de então. O edifício é constituído por um bloco central com dois pavimentos e por duas alas laterais. Na sua construção, foram utilizados alvenaria de tijolos rebocados, piso de arenito proveniente de Minas Geraismármore português e telhas “canal”. Na decoração do solar, foram utilizados materiais nobres e importados, desde o revestimento do piso em mármore e portas em madeira nobre aos mosaicositalianos ornamentando os banheiros. A obra foi concluída em 1945.
O casal viveu na residência por mais de quinze anos. Durante esse período, o solar se tornou um local de recepções oficiais, onde hospedaram-se importantes autoridades do cenário político nacional e internacional, como o príncipe Ali Khan, a rainha Elizabeth II da Inglaterra e o príncipe Phillip, entre outros. Também era frequentado por personalidades do meio artístico e intelectual brasileiro, sediando anualmente o "Prêmio Fábio Prado de incentivo às Ciências Humanas, à Literatura, ao Teatro e ao Cinema" - que conferiu honrarias a nomes como Florestan Fernandes e José Lins do Rego. Com a morte de Fábio Prado em 1963, Renata Crespi deixou o solar. Em março de 1968, Renata transferiu a posse do Solar Fábio Prado à Fundação Padre Anchieta, em conformidade com o desejo expresso em vida por seu marido. Em 1972, a Fundação Padre Anchieta cedeu o uso do solar em regime decomodato ao Museu da Casa Brasileira.

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